Alimentação

Chivo al asador em Malargüe
Longe de querer me aventurar pelo vasto território gastronômico, resolvi escrever uma pequena resenha sobre impressões que colhemos à mesa, ao frequentarmos restaurantes e lancherias
No carro sempre contávamos com alguma comidinha para "ir distraindo", como um mix de castanhas e frutas secas, barra de cereais, frutas da estação, achocolatado, biscoitos, alfajores, suco, água mineral e água aquecida para o chimarrão.

Durante os deslocamentos comemos refeições simples, práticas e de grande saída. Claro que em ocasiões especiais, não deixamos de apreciar algumas iguarias interessantes, como o delicioso chivo con patatas y miel, em Mendoza.  

O povo Argentino é hospitaleiro, atencioso e costuma ser paciente se vc não fala bem o idioma. Acham graça das nossas diferenças linguísticas e acabam criando um tratamento diferenciado. Sempre nos servem uma entrada, que pode ser pão/torrada, manteiga, azeitonas, mas já teve até língua de boi em conserva (deliciosa), ou seja, há sempre algo para mordiscar enquanto se espera o pedido. Essa entrada geralmente não é cobrada. 

Nos restaurantes simples, o corriqueiro é termos um menú dividido em carne vermelha ou frango, geralmente preparado à milanesa ou chapa, massas e acompanhamentos, como a ensalada (alface, tomate e cebola) e papas (purê ou fritas). 

Em vários locais há o Menú del dia, que seria equivalente ao nosso "comercial", que constuma ser uma boa pedida. No geral errávamos a mão no pedido (sempre pra mais) as porções, via de regra, costumam vir BEM servidas.

Mas depois de 5 dias comendo carne e batata... ô falta que eu senti de um arroz com feijão! O arroz é um acompanhamento não muito comum e as vezes é servido frio, como se fosse uma "ensalada". Feijão... não lembro de termos visto.

Quando o tempo era curto ou enquanto abastecíamos, geralmente dávamos uma passadinha nas lanchonetes dos postos. Os postos da rede YPF costumam ter lanchonetes bastante completas. A dica é o delicioso sandwich de miga, que é uma espécie de pão de forma bem fininho e grande, de vários andares, recheado com presunto e queijo.

Para beber, há gaseosas (refrigentantes) de todo jeito, com e SEM gás. Destaque para o suco de caixa de pomelo rosado. Quem gosta de sabores amargos vai saber apreciar. Dificilmente encontramos suco extraído na hora. É comum vermos aquela soda (soda cachoeirinha - água gaseificada retornável) nas mesas das famílias. Coisa difícil de se ver por aqui, mas parece fazer sucesso lá naquelas bandas.

Bueno, sobre o viño... não há muito o que dizer em se tratando do sul da Argentina e região de Mendoza... é possivel beber bons vinhos sempre! Vinhos de categoria Reserva são vendidos nos supermercados mais baratos do que o valor cobrado para vinhos básicos aqui no Brasil.
Prá quem curte, realmente imperdível passar algumas horas e perder "pesos" em uma viñoteca.  

As sobremesas-padrão oferecidas são o flan casero, o pundin, salada de frutas ou durazno (em conserva). 

Em alguns restaurantes, principalmente nos menores e familiares, é comum o gerente ou o dono ir à mesa durante os trabalhos e perguntar se está tudo bem.
Se a comida está gostosa, é a hora de elogiar e, assim sendo, ficam muito satisfeitos. No início eu dizia só que “estava bem”, mas depois que reparei isto, passei a dizer que estava excelente, estupenda, fantástica, etc. Pude perceber a diferença!!!!

Por fim, não é em todo lugar que encontramos aquele cafezinho tradicional depois da refeição, e o único café que vale a pena tomar lá é o expresso. Detalhe: não costumam cobrar pelo serviço (10%), nem insinuam para que o paguem. Este fato nos deixou à vontade para só darmos gorjeta nos casos em que o serviço fosse realmente merecedor.