domingo, 1 de maio de 2011

dia 05

01 de dezembro Urugua-i/AR – Bella Vista (640 km)

Logo na saída fomos parados no posto da Gendarmeria. Mostramos os documentos e nos cobraram a Carta Verde. Estando tudo em ordem, nos liberaram para seguir viagem. Esse início foi um pouco tenso, e procuramos andar com os faróis acesos o tempo todo e seguindo ao pé da letra as indicações, além de reduzir bastante velocidade ao adentrar a zona urbanizada e ao passar pelos postos da Policia Caminera e da Gendarmeria. Seguimos o conselho de evitar a Ruta 14, devido aos relatos de abordagens da polícia para cobrança de propina (coima). Seguimos pela Ruta 12 na província de Missiones sem maiores problemas. Passamos por San Ignácio e resolvemos visitar as Ruínas de uma das Missões Jesuíticas, a Redução de San Ignácio Míni.

 
Apesar da igreja não ser tão exuberante quanto a de São Miguel das Missões do lado Brasileiro, San Ignacio Míni é um sítio organizado e abrange a cidadela inteira, que outrora chegou a reunir próximo de 4.500 guaranis. Dotada de um sistema de produção agrícola e organização sociocultural própria, administrada pelos Jesuítas, as reduções funcionavam como pequenas cidades-estado, com autonomia política e econômica. Devido ao seu gradativo sucesso, as missões começaram a se tornar uma ameaça aos interesses portugueses e espanhóis na região do Prata e foram sendo sistematicamente destruídas.


Andando pelas ruas de traçado planejado e adentrando as ruínas das habitações destinadas a abrigar os Guaranis, é possível sentir um pouco deste passado histórico de glória e desastre.
Almoçamos no Restaurante Dom Valentim, em frete a Bilheteria. O simpático dono é Brasileiro (filho do próprio Valentim) e ficamos algum tempo conversando após saborear os menus do dia. Seguimos viagem na Ruta 12 até o entroncamento com a 118, onde a tomaríamos como um atalho que evitaria Corrientes. Trata-se de um percurso bastante agradável, muito plano, pouco tráfego e de longas retas, entre os Esteros de Iberá e de Santa Lucia. Destaque para as palmeiras inclinadas aleatoriamente como se estivessem “bêbadas” que vimos aos montes nesta área. A meta era tentar chegar a Goya, mas já era noite e estávamos em Saladas (faltavam 140 km). No caminho chegamos a passar por um camping muito agradável, mas infelizmente não havia ninguém para nos atender. Decidimos roda até  Bella Vista para enfim descansar. Pelo avançar da hora (22h), demos preferência a um Hotel. Ficamos no Marazul, onde jantamos uma deliciosa chuleta (T-bone) com purê de papas, negociamos um desconto, mas em contrapartida ganhamos uma dor de cabeça matutina.

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