domingo, 20 de março de 2011

Plano de fundo

A história desta viagem surgiu mais ou menos assim:

Em 2010 Michelle (minha esposa) e Eu programamos tirar um mês corrido de férias juntos. Para onde iríamos exatamente, nós ainda não sabíamos. Apesar da data já estar definida com ano de antecedência, rolava uma certa preguiça de decidir. No meu íntimo, desejava fazer uma grande viajem de carro, de preferência, percorrer a região patagônica, cuja beleza sempre me encantou.

De alguns anos pra cá, desenvolvi grande interesse e afinidade pela cultura e paisagens Latinoamericanas, já tendo feito duas viagens, em 2001 (Argentina e Chile) e 2006 (Paraguai, Argentina, Chile e Peru), que me marcaram de formas diferentes, com seus momentos singulares de deslumbramento, de prazer e de aprendizado intensos, que me fizeram despertar para ver (e viver) a vida de uma outra perspectiva.  


Em maio de 2010, conversando com meus pais, eu havia comentado que sentia grande vontade de visitar a região dos lagos andinos, quem sabe, para o fim do ano. Eles comentaram que este destino também estava nos planos deles e que eles também topariam ir.  

Neste meio tempo, surgiu a oportunidade de trocar de veículo por um mais adequado, unindo desta forma grandes paixões: natureza, viajar, acampar e guiar um 4x4.
Essa aquisição foi o empurrão que faltava para começar freneticamente os preparativos!

Tivemos efetivamente 3 meses para planejar e nos preparar para a viajem. O fato de já termos algum conhecimento prévio e experiência neste tipo de empreitada ajudou bastante nesta fase. Morando a mais de 800km de distância, a troca de informações entre nós se deu por e-mails e telefonemas. O cerne do planejamento foi a construção do roteiro, onde consideramos o tempo disponível, destinos, pernoites e atrações que gostaríamos de ver. Mapas, guias, indicações e pesquisa na internet foram fundamentais nesta fase.

 Roteiro de viagem (fonte: Googlemaps)

Definimos que nós iríamos em dois jipes, ambos adaptados para dormir dentro, pois nos daria mais autonomia de escolha dos locais de pernoite. Levaríamos algumas provisões para refeições em camping, mas é claro, teríamos pelo menos uma boa refeição por dia em restaurantes locais. Onde fosse possível acampar, daríamos preferência, porém sem descartar pousadas, albergues, hotéis ou até mesmo postos de gasolina. Sempre tentando balancear a equação custo/benefício.

 
Em outubro nos reunimos em São Paulo para combinar os detalhes. Também foi a chance de testar o desempenho estradeiro da MOBY, nossa Toyota Land Cruiser 80, veterana de 17 anos de idade, mas a caloura do time que faria a viagem.  

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